Olá caros leitores, tudo bem?
Quero iniciar o artigo de
hoje, desejando a todos uma excelente semana, em especial ao meu querido amigo
Cristiano Reis que hoje completa mais um ano de vida (melhor não citarmos
quantos aqui...risos) pode me trazer problemas, mas Cris, brincadeiras a parte
que Deus te permita a realização de todos os seus sonhos, cuidar cada vez
melhor de sua abençoada família, e acima de tudo ser feliz em suas escolhas. Um
grande abraço.
Hoje, vamos estudar um tema de
grande relevância dentro do processo de marketing político, e por isso o tema
já é uma enquete, e por que? Quando iniciamos o trabalho de planejamento
eleitoral, e começamos a atender um cliente que vai disputar a majoritária
(prefeitura, governo do estado, presidência da república), é comum, termos que
desenvolver um trabalho voltado a eleição da chapa proporcional (vereadores, deputados
estaduais e federais, senadores), para que haja o que denominamos de
governabilidade (ou seja, o majoritário “governar bem”), ter um mandato proativo,
há a necessidade de ter a maioria no parlamento, tendo assim, mais facilidade
na hora da aprovação de seus principais projetos, na hora de receber o
percentual de manobra do orçamento,
Para tal, é necessário eleger
a maioria dos parlamentares, o que quando não ocorre promove os famosos “acordos”
que nem sempre se dão somente pela cessão de cargos, ou benefícios de emendas para
os seus redutos eleitorais, as vezes vai muito além de tudo isso...(deixemos a
imaginação vagar, será melhor!)
De acordo com a minha
experiência em gestões de campanhas eleitorais, e meus estudos acadêmicos, nós
consultores políticos, somos unânimes em afirmar pelo nível de exposição de
imagem, investimento necessário, polarização global e envolvimento do
eleitorado, a majoritária se configura muito mais fácil de vencer do que a
proporcional, e para isso vou explorar alguns aspectos práticos:
1-O
nível de exposição do candidato: Em uma campanha majoritária,
o nível de exposição do candidato é muito mais amplo, devido ao fato de por
exemplo, em uma cidade pequena, termos somente dois ou no máximo três
candidatos concorrendo ao cargo, pelo fato, isso faz com que a amplitude do
mesmo se propague com muito mais velocidade, o que não ocorre na proporcional,
pois o candidato vislumbra um “reduto”, ou “território eleitoral”, o demarca, e
explora boa parte de sua campanha naquele pequeno ou não espaço territorial.
Feito isso, a maior parte de suas ações de marketing são ali concentradas, o
que naturalmente pela sua penetração e facilidade de acesso (pelo menos é o que
eles pensam) naquela localidade o faz reduzir consideravelmente os custos, o
que este ano será muito importante, pois o eleitor já não mais aceita o abuso
de poder econômico com tanta naturalidade.
2-Quantidade
de adversários: O candidato à proporcional, tem em mente que
quanto maior é o número absoluto de candidatos, menores são as chances dele (a)
ser eleito, se analisarmos a matemática pelo seu lado mais natural, onde 3 é
maior do que 2 e 8, maior do que 3 e 2 somados, esta lógica estaria correta,
mas e quem disse que a política é uma ciência exata? É necessário fazer uma
série de cálculos sobre a quantidade de partidos que há como probabilidade em
cada coligação, quantos candidatos “puxadores de voto”, está filiado em cada
uma das siglas, e diversos de outros fatores, faz com que as vezes quem fez
mais votos absolutos fique na suplência e um candidato com menos votos entre na
vaga, coisas da legislação eleitoral vigente que deve ser elogiada e muito
elogiada, pois é uma das melhores do mundo. É engraçado que em pequenos
mercados, os candidatos se debatem na casa do eleitor, um entrando, o outro
saindo e as vezes tem mais dois na porta aguardando a sua vez, além de é claro,
um na mesa saboreando um cafezinho.
3-Poderio
econômico: Com menos recursos econômicos, é necessário limitar
o território de atuação, e quando falamos em vereadores, o político com maior
proximidade do povo (pelo menos deveria ser assim), muitos deles, tem como apoiadores
os familiares, amigos, pessoas próximas, e muitos sequer dispõem de um veículo
automotor para realizar a sua campanha, e friso o seguinte: 80% dos eleitores
não querem políticos em sua porta, face ao descrédito dos mesmos perante a
sociedade, deixo então o meu recado aos milhares de leitores que irão
acompanhar a coluna em dezenas de sites e jornais espalhados pelo Brasil, que
retransmitem meus artigos e ao qual sou muito grato, faça somente duas
perguntinhas ao candidato: por que e para que o senhor ou senhora é candidato/
candidata? Se a primeira reação for uma engasgada, um então....no mínimo
desconfie, pois não há propósito coletivo e este ou esta parlamentar não fará
um mandato focado nas necessidades do povo, mas sim, nas necessidades do seu
bolso, atendendo aos interesses dos seus financiadores de campanha.
4-Bandeiras
de campanha: Na proporcional, embora o parlamentar tenha por
dever constitucional de zelar por seus cidadãos como um todo, os mesmos nobres
pares ou edis (como chamamos tecnicamente os parlamentares), é comum que os
mesmos assumam a representatividade de determinadas camadas ou esferas da
sociedade organizada e foquem seus mandatos na defesa destes itens, ou não,
assim sendo, seu foco é mais específico. Ah e antes que eu me esqueça, observem
a linguagem dos candidatos, pois a língua portuguesa tem sofrido muito com os
nossos políticos.
Quero aqui terminar este
artigo falando sobre algo que é lamentável para nós consultores políticos, que
foi a decretação da prisão temporária de João Santana, que nos últimos 10 anos
atuou na eleição de seis presidentes, sendo 2 no Brasil e 4 na américa latina,
este fato em muito nos repudia, pois os verdadeiros consultores políticos, tem
um compromisso com a democracia, e ao contrário do que se imagina nós não somos
os manipuladores de votos, e sim, temos como objetivo levar uma comunicação limpa
da campanha para o eleitorado, mas a decisão soberana é sua eleitor, por isso
eu repudio este pseudoprofissional que mancha a imagem de uma classe honesta e que
presta relevantes serviços à nação.
Que Deus nos abençoe e nos
proteja!
Sena
é consultor político, com formação em Marketing pela UNIP-Universidade
Paulista, sendo especialista em Análise e Consolidação de Cenário Político pela
Universidade de Toronto-CAN, atua com coaching político, treinamentos e
palestras em oratória política, comunicação governamental, marketing político
eleitoral, é filiado a ABCOP (Associação dos Consultores Políticos do Brasil) e
há mais de 10 anos atua na gestão de campanhas eleitorais nos estados do
Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Bahia, Piauí, Tocantins, Rio de Janeiro e São
Paulo.
Contatos:
E-mail: sena@svpm.com.br
WhatsApp:
(77) 9827-1545
Blog: www.politicaemlem.blogspot.com.br
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